2017: não sei quem estiver lendo, mas eu não vou ler isso agora não
Stonewall Riots foi uma série de eventos da comunidade gay contra a polícia em Nova York, em 1969. É considerado o primeiro movimento de liberação e luta por direitos da comunidade LGBT. Estes, durante a década de 50 e início de 60, nos Estados Unidos, enfrentaram um sistema anti-homossexual mais forte que muitos países do Pacto de Varsóvia.
As décadas de 40 e 50 foram marcadas pela Guerra Fria, a divulgação da televisão e a presença de artistas como Elvis Presley, Frank Sinatra, Tony Bennett, Judy Garland, Pollock e o nascimento da Pop Art. Com os desejos de “restaurar a ordem social pré-guerra e controlar as forças da mudança”, o governo americano iniciou uma período de caça contra pessoas que poderiam oferecer riscos de segurança. Ao lado de comunistas e anarquistas, os homossexuais foram listados por serem “suscetíveis à chantagem”. James E. Webb disse que aqueles que participam de atos de perversão carecem da estabilidade emocional de pessoas normais.
Durante a década de 50 e 60, o FBI e departamentos de polícia mantinham uma lista de homossexuais e todas suas informações. Bares foram fechados, os clientes foram presos e todos foram expostos nos jornais. Foram feitas varreduras para tirá-los de praias, universidades, trabalhos e parques, colocando muitos na prisão ou em hospícios, forçando muitos a viverem uma vida dupla, guardando em segredo a vida pessoal em qualquer ambiente.
Foi em 1952 que a homossexualidade (na época era usada como homossexualismo) foi listada como doença mental. Apesar de Evelyn Hooker, em 1956, ter provado que não havia diferença entre heterossexuais e homossexuais, continuou sendo considerado doença até 1973.
Organizações foram criadas com intuito de provar que homossexuais eram pessoas comuns, como a Mattachine Society e Daughters of Bilitis (DOB).
Em Nova York, a comunidade gay se concentrava no Village e Harlem, descritos pelos jornais como “mulheres de cabelo curto e homens de cabelo longo”. Os principais bares eram o Stonewall Inn e Julius. O Stonewall pertencia à família Genovese, um das maiores famílias de crime organizado da época. O bar costumava ser um restaurante e boate para héteros, mas virou um bar gay em 1966. Por não ter licença para vender bebida alcoólica, toda semana um policial recolhia dinheiro como recompensa. Stonewall não tinha venda de drogas ou prostituição e era o único bar em que gays podiam dançar em Nova York, era considerado O bar gay por sua grande diversidade racial e etária.
As inspeções policiais aconteciam pelo menos uma vez ao mês. Os clientes eram colocados em fileira e deveriam apresentar documentos, caso contrário, eram presos, assim como homens em drag e mulheres que não estivessem usando pelo menos três peças de roupa femininas. Em junho de 1989, as inspeções e invasões policiais começaram a ocorrer com maior frequência.